Silêncio 17










Silêncio
Adão Varela Revorêdo
A infinda dor que me perturba,
Faz-me sofrer, da alma não me sai,
Sufoca a vida, pesa-me constante,
A triste e brusca morte de meu pai.
Um riso raro que me vem aos lábios,
Mistura-se a dor que não se vai,
É destruído de imediato
Pela lembrança da morte do meu pai.
Por muito tempo não terá mais graça,
A vida simples que antes vivia
Agora triste me acompanha a taça
Do amargo fel, da morte do meu pai.
Vestiram de luto minhas serenatas
E mergulhou-me na monotonia
Emudeceu-se temporariamente
A voz que outrora me iludia.